A Nova Ordem
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Características principais
Título do livro | A nova ordem |
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Autor | Kucinski, Bernardo |
Idioma | - |
Editora do livro | Alameda |
Edição do livro | 2021-03-15 00:00:00 |
Capa do livro | Mole |
Marca | Alameda |
Modelo | Modelo Padrão |
Outras características
Quantidade de páginas: 180
Gênero do livro: Historia
Tipo de narração: Manual
ISBN: 9788579396052
Descrição
Assim como na sua obra maior “K”, B. Kucinski poderia iniciar “A Nova Ordem” repetindo “tudo neste livro é invenção, mas quase tudo aconteceu” ou “está acontecendo”. A narrativa aterradora e envolvente sobre a “nova ordem” no Brasil da ficção nos lembra aquilo que Hanna Arendt nomeou de “banalidade do mal” referindo-se aos criminosos nazistas e a seus crimes. A insanidade e o grau de desumanização daqueles que comandam a “nova ordem” é de tal magnitude que a sociedade anestesiada não consegue acreditar no que vê e, da mesma forma, não sabe como reagir. O inimigo principal são os “utopistas” e todos portadores de pensamento crítico. Como o tamanho do “mercado” interno necessário é de 30 milhões de famílias há de se reduzir o “excesso populacional”. Não interessa se constituem um grupo humano de 90 milhões de pessoas. Busca-se, então, a forma mais eficiente de livrar-se deles ao menor custo e no prazo mais curto. Os principais personagens da narrativa são figuras patéticas. Dois são especialmente representativos da “nova ordem”: o capitão médico psiquiatra Ariovaldo que conquista fama internacional por suas descobertas e práticas de controle humano através de chip obrigatoriamente instalado nos cérebros da população e o ex-engenheiro Angelino tornado catador de rua, que tem flashes de lucidez diante da monstruosidade vigente. Ao que parece a “nova ordem” entra em colapso por suas próprias loucuras. Em algum momento constata-se que as pessoas haviam deixado de sonhar. E sem sonho, não há como sobreviver. Nem mesmo na “nova ordem”. Venício A. de Lima