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Características principais

Título do livro
João Nunes, um rabi escatológico na Nova Lusitânia
Subtítulo do livro
SOCIEDADE COLONIAL E INQUISIÇÃO NO NORDESTE QUINHENTISTA
Autor
Assis, Ângelo Adriano Faria de
Idioma
-
Editora do livro
Alameda
Capa do livro
Mole
Marca
Alameda
Modelo
Modelo Padrão

Outras características

  • Quantidade de páginas: 304

  • Gênero do livro: Direito, política e ciências sociais

  • Tipo de narração: Manual

  • Idade mínima recomendada: 18 anos

  • Idade máxima recomendada: 99 anos

  • ISBN: 9788579390968

Descrição

Nascido em Portugal por volta de 1547, João Nunes veio para o Brasil em 1580 onde foi mercador, comerciante de açúcar, traficante de escravos e senhor de engenho. Filho de cristãos-novos, João, seu irmão Diogo e alguns outros membros da família Nunes vieram tentar a sorte na colônia, provavelmente fugindo do alcance do Tribunal do Santo Ofício que desde 1540 inquiria, investigava e punia os desviantes da fé católica, dedicando atenção e rigor especial aos suspeitos de praticar o judaísmo em segredo, ou judaizar, como se dizia à época. Mas se um dos objetivos de João Nunes ao migrar para a capitania de Pernambuco foi estar fora da esfera de ação inquisitorial, seu projeto seria interrompido com a chegada da Primeira Visitação do Santo Ofício ao Brasil, entre 1591-1595, quando se tornou um dos suspeitos mais denunciados ao Visitador, tanto em Pernambuco como na Bahia. Acusado de blasfemo e irreverente por inúmeros de seus prováveis inimigos, teve como principal acusação o desrespeito ao crucifixo que, diziam seus delatores, guardava junto, próximo ou mesmo dentro do lugar aonde fazia suas necessidades fisiológicas. Procurando desvendar esse e tantos outros “crimes” desse personagem colonial, Angelo Assis analisa vasta documentação nacional e portuguesa e sobretudo nos oferece uma leitura privilegiada do processo sofrido por João Nunes. Esmiuçando as teias que podem ter levado João Nunes aos cárceres da Inquisição e investigando cuidadosamente as inúmeras acusações de que foi vítima, o trabalho que ora se oferece ao grande público faz, no entanto, muito mais que procurar reconstruir a trajetória de um dos inúmeros portugueses que chegaram à colônia brasílica: ele enfrenta o desafio de articular história pessoal e história luso-brasileira quinhentista, nos abrindo um cenário tão amplo quanto instigante. Homem poderoso e destemido, João Nunes foi contemporâneo de inúmeros outros senhores de engenho que se julgavam “acima de todas as justiças”: membro da confraria do Santíssimo Sacramento, era ao mesmo tempo tesoureiro da comunidade secreta de Camaragibe, sinagoga frequentada por grande número de cristãos novos e judaizantes; vivia amancebado com mulher casada e não observava com atenção nem a religião católica nem a judaica. Nem judeu nem católico, João Nunes lançava mão de práticas religiosas de forma mais pragmática que devocional, e não se furtava de procurar a ajuda de mulheres acusadas de feitiçaria para “escapar dos perigos” e ser bem sucedido nos negócios. Jacqueline Hermann