As Rãs
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Características principais
Título do livro | As rãs |
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Autor | Mo Yan |
Idioma | Português |
Editora do livro | Companhia das Letras |
Edição do livro | 2015-09-23 00:00:00 |
Capa do livro | Mole |
Marca | Companhia Das Letras |
Modelo | Modelo Padrão |
Outras características
Quantidade de páginas: 496
Altura: 3 cm
Largura: 14 cm
Peso: 586 g
Gênero do livro: Literatura e ficção
Tipo de narração: Manual
Idade mínima recomendada: 12 anos
ISBN: 8535926348
Descrição
“Um não é pouco; dois é bom; três é demais.” Eis o slogan lançado pela Nova China em 1965 - quando as crianças, esfomeadas, “brincam” de comer carvão - para conter o rápido crescimento populacional, numa política de planejamento familiar que se perpetuará por décadas. Nesse contexto, o Nobel de literatura Mo Yan dá voz a Corre Corre, aspirante a escritor que vê a tia como heroína e quer transformar sua vida em peça de teatro, não sem antes rememorar sua história. Trata-se de fato de uma mulher extraordinária. Nascida em 1937, é a primeira parteira da aldeia a estudar obstetrícia e a enxergar o ofício para além de métodos supersticiosos. Combinando a compaixão de médica a uma autoridade de general, logo se torna a oficial responsável pelo controle de natalidade. Ela deve educar jovens famílias a terem apenas um filho e, quando necessário, realizar abortos, levando a diretriz do Estado às últimas consequências. Conforme os anos se passam neste épico intergeracional, a política do filho único se burocratiza e corrompe, mas a tia de Corre Corre, revolucionária convicta, não enxerga os podres do sistema imoral em que está enredada. Se em chinês a palavra “wa”, que dá título ao romance, significa tanto “rã” como “bebê”, as rãs desta trama são objetos de horror e desejo, como os filhos da Revolução Cultural na China, muitas vezes cobiçados pelas famílias e renegados pelo Estado. De atmosfera exuberante e imaginário plástico, As rãs traz o melhor do realismo fantástico, comprovando por que Mo Yan costuma ser comparado a Gabriel García Márquez. O lirismo, a inventividade da linguagem e a forma bem-humorada de tratar os cenários mais dramáticos, oscilando entre a poesia e o horror, o naïf e o escárnio, transformam esse relato ambientado em uma aldeia da China em clássico universal.