Crônicas De Um Viajante
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Características principais
Título do livro | Cronicas de Um Viajante |
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Autor | Petean, Antonio Carlos Lopes |
Idioma | Português |
Editora do livro | Kotter Editorial |
Edição do livro | 1 |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2022 |
Marca | Kotter Editorial |
Outras características
Quantidade de páginas: 108
Altura: 23 cm
Largura: 16 cm
Peso: 100 g
Material da capa do livro: Encadernado
Gênero do livro: Literatura e ficção
Tipo de narração: Manual
Tamanho do livro: 16 X 23
ISBN: 9786553610576
Descrição
*** É sempre bom compartilhar, através de fotos e palavras, aquilo que encanta e entristece nossos olhos, como as belas paisagens, a grandiosa diversidade arquitetônica, a riqueza do mosaico cultural, e as intolerâncias e desejos que também marcam a paisagem social, que poucos estão dispostos a analisar e compreender. Viajar é se defrontar com o inesperado, com o outro, com a complexidade desse mosaico chamado humanidade. E as crônicas aqui apresentadas são fruto dos inúmeros encantamentos e desencantamentos, encontros e desencontros que vivenciei nas viagens e revelam a ganância, o egoísmo, o sexismo, o patriarcalismo, e os belos sentimentos e desejos do ente homem. É a complexidade humana que está retratada nessas Crônicas de um viajante que, distante, privado das suas redes sociais, atribui a cada objeto desconhecido um brilho que lhe desconcerta e encanta. *** Outro dia me perguntaram: por que você quase não está presente nas fotos das suas viagens? E depois de pensar numa fórmula educada para responder, eu disse: “meu caro, eu visito os lugares e não a mim mesmo, pois tenho pouco interesse pelo meu ser, que me parece pouco interessante, e de pouco valor”. E continuei: “meu senhor, eu procuro registrar o diferente, viajo para conhecer tudo aquilo que ignoro, e não o que já conheço, pois me parece repetitivo. Estou cansado de reencontrar-me em todas as manhãs, e as chuvosas são as piores, não sei se o senhor concorda, se me compreende. Mas, se não entende – dane-se!”. Essa foi a resposta que dei, pois penso que viajar é largar tudo para trás, até nós mesmos. É o meu desenraizamento momentâneo, porque fico feliz em não me ver, em saber que abandonei a mim, e que não transporto o próprio peso. Por isso, toda vez que viajo, penso nas palavras do filósofo Walter Benjamin, presentes na sua obra “cadernos de estética”: “…as pessoas se alienam de si mesmas por meio das formas de sua vida conjunta”. Então, para mim, viajar é desalinhar-se, romper barreiras, penetrar em mundos desconhecidos, abandonando a coletividade que me cerca e… sufoca. E, deixar a vida conjunta e encontrar o outro, o desconhecido, sempre fez parte dos meus planos de viagem. ***