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Características principais

Título do livro
MIRIAM ALVES PLURAL
Subtítulo do livro
TEORIA, ENSAIOS CRÍTICOS E DEPOIMENTOS
Autor
-
Idioma
-
Editora do livro
Fósforo Editora
Edição do livro
1
Capa do livro
Mole
Ano de publicação
2022
Marca
Fosforo Editora
Modelo
Modelo Padrão

Outras características

  • Quantidade de páginas: 328

  • Altura: 20 cm

  • Largura: 13 cm

  • Peso: 350 g

  • Material da capa do livro: Brochura

  • Gênero do livro: Literatura nacional

  • Tipo de narração: Manual

  • Tamanho do livro: 13.5 X 20

  • ISBN: 6589733589

Descrição

Em 1978, no Teatro Municipal em São Paulo, surgiu o Movimento Negro Unificado (MNU), data em que o pensamento coletivo acerca da escrita de autoria negra começou a se formar, conectando escritores em um corpo cultural a um só tempo diverso e coeso. Embora já escrevesse desde a infância, é a partir desse movimento que Miriam Alves passa a elaborar as vivências e subjetividades negras brasileiras e a traduzi-las em seu fazer literário, cuja grandeza não foi devidamente medida pelo racismo estrutural que ainda hoje é motivo de combate na literatura e na sociedade. Nascida em 1952, aos trinta anos Miriam Alves passou a publicar seus poemas, contos e romances, pelos quais obteve reconhecimento internacional. No Brasil, no entanto, o cânone branco, masculino e classista apequenou sua escrita. A fim de questioná-lo, “Miriam Alves plural: teoria, ensaios críticos e depoimentos” também surge para endossar o crescente reconhecimento da literatura negra e pavimentar o caminho para aqueles que desejam atravessar a trilha de pele, faca, luta, gritos, arte, amor e desejo que a poeta construiu ao longo de quarenta anos de trajetória. Dividida em quatro partes, a coletânea traz análises do contexto histórico e cultural que fez emergir a literatura desta filha de Iansã, bem como sua inserção na literatura negra, brasileira, latino-americana, feminista, e as características de sua obra. Com quinze autoras e autores, todos pesquisadores das mais diversas universidades do país e do exterior, os textos perpassam a biografia, os contos publicados nos Cadernos Negros a partir da década de 1980, os romances Maréia e Bará: na trilha do vento, dos anos 2000, bem como os poemas recentemente reunidos (Fósforo/Luna Parque, 2022). E sem esquecer do lado político e teórico, as escritoras ressaltam sua voz ativista proeminente na diáspora afro-atlântica na esteira do trabalho de Audre Lorde, bell hooks, Sueli Carneiro, Lélia Gonzalez entre outras pensadoras. Há ainda uma interlocução por cartas e um texto inédito de Zula Gibi, heterônimo de Miriam Alves que sempre causou desconforto entre os conservadores. Por esse percurso, pode-se dar conta da pluralidade de Miriam Alves, mulher-búfala que com força e movimento perene tem afastado os preconceitos contra a literatura negro-brasileira, apontando para um futuro que, como diz seu poema “Estrelas no dedo”, “um dia [...] fará / realizar todas as verdades / imaginantes”.