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Características principais

Título do livro
O Caminho para Wigan Pier
Autor
Orwell, George
Idioma
Português
Editora do livro
Companhia das Letras
Edição do livro
2010-03-12 00:00:00
Capa do livro
Mole
Marca
Companhia Das Letras
Modelo
Modelo Padrão

Outras características

  • Quantidade de páginas: 288

  • Altura: 1.7 cm

  • Largura: 13.7 cm

  • Peso: 353 g

  • Gênero do livro: Ciências Humanas e Sociais

  • Tipo de narração: Manual

  • ISBN: 8535916008

Descrição

Impressionante relato das experiências de George Orwell no coração da classe trabalhadora das regiões carvoeiras do norte da Inglaterra nos anos 1930,  O caminho para Wigan Pier  é também uma polêmica mordaz sobre a estrutura de classes no capitalismo. "No sistema capitalista, para que a Inglaterra possa viver em relativo conforto, 100 milhões de indianos têm que viver à beira da inanição - um estado de coisas perverso, mas você consente com tudo isso cada vez que entra num táxi ou come morangos com creme." É dessa forma, unindo a pegada do inconformista com a mordacidade do literato, que George Orwell pinta as relações entre a metrópole imperial britânica e suas colônias na Ásia, na segunda parte de O caminho para Wigan Pier, publicado originalmente em 1937. É na primeira parte, porém, que ele dá conta, com seu costumeiro estilo límpido ("de vidraça", como ele dizia), direto e vigoroso, de sua visita às áreas de mineração de carvão em Lancashire e Yorkshire, no norte da ilha britânica. A pobreza e o sofrimento atroz dos mineiros são retratados ali com um grafismo brutal, desde as condições esquálidas de moradia ao medo das frequentes ondas de desemprego que assolavam a região, colocando em risco extremo a sobrevivência física dos trabalhadores e de suas famílias. Orwell já havia mergulhado a fundo na experiência da pobreza quase absoluta, nos dois anos que viveu perambulando como sem-teto e trabalhador desqualificado pela França e pela própria Inglaterra - experiência narrada em seu primeiro livro, Na pior em Paris e Londres . A isso, somou-se o impacto desses dias passados lado a lado com os mineiros de carvão, o que resultou não só na pioneira peça de new journalism (expressão que só apareceria a partir dos anos 1960, nos Estados Unidos) da primeira parte de Wigan Pier, como também na análise amarga e muitas vezes sardônica da estrutura social, dos preconceitos de classe britânicos e das fragilidades e inconsistências da esquerda intelectual bem-nascida que lemos na segunda parte da obra. Neste livro, vemos o futuro e celebrado autor de clássicos universais já em plena florescência de seu projeto literário e existencial, que o levou a abandonar os privilégios de sua classe, a execrar qualquer forma de imperialismo e a mergulhar de corpo e alma na vida dos trabalhadores pobres e dos excluídos sociais.