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Características principais

Título do livro
O vento e o moinho
Autor
Naves, Rodrigo
Idioma
Português
Editora do livro
Companhia das Letras
Edição do livro
1ª EDIÇÃO - 2007
Capa do livro
Mole
Marca
Companhia Das Letras

Outras características

  • Quantidade de páginas: 552

  • Gênero do livro: Arte, cinema e fotografia

  • Tipo de narração: Manual

  • ISBN: 8535910220

Descrição

Parte de uma geração que ajudou a abrir espaço para a arte contemporânea no Brasil, Rodrigo Naves, ao lado de Ronaldo Brito, Alberto Tassinari e tantos outros, encontrou em seu caminho um dilema que, de certo modo, aparece em muitos dos textos dessa coletânea: como discutir as artes plásticas num país sem muita tradição nessa área, sem instituições fortes, com pouco público, e com o entrave de um legado crítico que ainda tentava romper com as fronteiras do discurso nacionalista? Se, ao cabo de três décadas, o panorama ainda tem algo de desolador, há de se admitir que o debate andou e que, dentro de todas as suas limitações, o cenário já não é o mesmo. Multiplicaram-se as galerias e instituições, há mais exposições e os artistas ganharam nova visibilidade. Por que então a arte contemporânea brasileira nunca atingiu o grau de inovação de modernos como Amilcar de Castro, Volpi, Mira Schendel ou Hélio Oiticica? E mesmo entre os nossos modernos, por que a novidade formal foi mais tímida que a de seus contemporâneos internacionais? Embora os textos aqui coletados nem sempre lidem diretamente com esses questionamentos, eles estão presentes ao longo de toda a obra e, em seu conjunto, dão uma idéia bastante clara de como foi travado o debate sobre as artes no Brasil durante os últimos anos. Por terem sido escritos em registros diversos, que vão desde o ensaio longo ao artigo de jornal, passando por apresentações em catálogos de artistas e matérias para revistas, os textos captam instantâneos desse debate, bem como as polêmicas e as idas e vindas de nossos artistas e críticos. E mesmo partindo de assuntos tão variados - ora analisa-se uma biografia de Picasso, ora uma exposição de jovens gravuristas -, há um fio comum entre os textos: a defesa de uma arte que dê conta da experiência contemporânea sem simplificar-se em discursos políticos esquemáticos, em arte de reivindicação, em vontade de pura e simplesmente chocar o observador. Dividido em cinco blocos temáticos, o livro ainda favorece outro tipo de investigação: a do caminho que percorreu o raciocínio do crítico ao longo dos anos, a de seu gosto pessoal, a das idéias que mudaram com o tempo e das que permaneceram as mesmas. Há nessa aparente - e declarada - falta de coerência, algo de muito revelador. Se uma mesma opinião aparece em mais de um texto, ela nunca é estanque, nunca é apenas reiteração; pelo contrário, ganha nova forma, novos significados, lança luz e ao mesmo tempo é iluminada pelo contexto em que foi inserida. É nesse jogo de relações, nesse diálogo incessante com a realidade e consigo mesma, que a melhor arte, e a melhor crítica, são produzidas.