Dias Em Trujillo: Um Antropólogo Brasileiro Em Honduras
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Características principais
Título do livro | Dias em Trujillo: um antropólogo brasileiro em Honduras |
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Subtítulo do livro | UM ANTROPOLOGO BRASILEIRO EM HONDURAS |
Série | Ruy Coelho |
Autor | Coelho, Ruy |
Idioma | Português |
Editora do livro | PERSPECTIVA |
Edição do livro | 1ª EDIÇÃO - 2000 |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2000 |
Marca | Perspectiva |
Outras características
Quantidade de páginas: 272
Altura: 206 mm
Largura: 140 mm
Peso: 370 g
Gênero do livro: Ciências Humanas e Sociais
Tipo de narração: Manual
ISBN: 8527302276
Descrição
29 de Outubro de 1947 - Trabalhei pouco hoje. Pela manh fui com Sebastian à praia por onde perambulamos um pouco, e finalmente paramos para uma longa conversa com um grupo de pescadores. Dirigi a conversa para assuntos sobrenaturais, mas nada consegui; falamos principalmente sobre Boris Karloff, Bela Lugosi e seus filmes. Eles adoram filmes de horror, e falam disso com tanto prazer que nada pode fazê-los mudar de assunto. No estou desapontado, pois sei que devo esperar muitos dias assim. Devo ser filosofo, como o pescador que ouvi há alguns dias atrás dizendo: O que posso fazer? Esses peixes velhacos no querem morder a isca . Este livro é a traduço do diário de campo de Ruy Coelho, escrito em inglês durante a pesquisa que levou a cabo em Honduras, de 26 de outubro de 1947 a 25 de julho de 1948, a fim de colher material para sua tese de doutorado. Um dos requisitos era que o pesquisador endereçasse constantemente ao orientador , Melville Herskovits, da Northwestern University, um registro das atividades quotidianas. Daí a formaço de um texto como este. Antropólogo no campo de personalidade-e-cultura, orientado pelas técnicas projetivas de Rorschach, Ruy Coelho trabalhou na UNESCO, em Paris entre 1950 e 1952, voltando a seguir para uma longa e marcante carreira na universidade de So Paulo, ao lado de Antonio Candido, Décio de Almeida Prado, Paulo Emílio Salles Gomes e Lourival Gomes Machado, amigos de toda a vida. Dele diz Antonio Candido: Uma coletânea (que se impõe) de seus dispersos mostraria como nele o antropólogo e o sociólogo eram ao mesmo tempo um homem de saber universal, capaz de circular com toque próprio, servido por um admirável estilo, da literatura à lógica da sociologia ao cinema . Tarefa que, com o patrocínio da Sociedade Científica de Estudos da Arte - CESA, a Editora Perspectiva, a partir desse volume, se propõe a cumprir.