![A nova aurora: vela maranhense, de Marques, Astolfo. Editorial ChÃO Editora Ltda, tapa mole en português, 2021](https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_616292-MLU50628398427_072022-O.jpg)
A nova aurora: vela maranhense, de Marques, Astolfo. Editorial ChÃO Editora Ltda, tapa mole en português, 2021
- Ano de publicação: 2021
- Capa do livro: Mole
- Gênero: Direito, política e ciências sociais.
- Subgênero: Ciências políticas;história;ciências sociais;ficção.
- Número de páginas: 208.
- Dimensões: 150mm largura x 210mm altura.
- Peso: 335g.
- ISBN: 9786599012280.
Sem estoque
Características principais
Título do livro | A nova aurora |
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Subtítulo do livro | Novela maranhense |
Autor | Marques, Astolfo |
Idioma | Português |
Editora do livro | ChÃO Editora Ltda |
Capa do livro | Mole |
Ano de publicação | 2021 |
Outras características
Quantidade de páginas: 208
Altura: 210 mm
Largura: 150 mm
Peso: 335 g
Gênero do livro: Direito, política e ciências sociais
Subgêneros do livro: Ciências políticas;história;ciências sociais;ficção
ISBN: 9786599012280
Descrição
Em 17 de novembro de 1889, ocorreu no Maranhão, na cidade de São Luís, um grande protesto popular, majoritariamente de negros, contra o golpe militar que dois dias antes estabelecera a República no Brasil. Os manifestantes acreditavam que o objetivo era destituí-los dos direitos conquistados com a Abolição, cerca de um ano e meio antes, e reescravizar a gente de cor. Quando tentaram invadir e depredar um jornal republicano, uma tropa destacada para proteger o edifício realizou uma descarga de fuzil e, de acordo com números oficiais, matou quatro pessoas e deixou inúmeros feridos.
O episódio é conhecido como o Massacre de 17 de Novembro e, junto com outros incidentes envolvendo violência e racismo — como a destruição do pelourinho de São Luís e as prisões e torturas que seguiram o protesto —, é descrito em "A nova aurora", novela histórica publicada em 1913.
Uma das imagens mais recorrentes acerca da instauração do regime republicano é a do povo bestializado, apático, sem tomar posição diante do golpe de Estado que encerrara o longo reinado de d. Pedro II. Que alternativas e limites políticos e culturais uma sociedade egressa da escravidão poderia oferecer para realizar as promessas de uma cidadania sem distinção de cor, linhagem e origem social?
Astolfo Marques, um escritor negro que pensou o país a partir do velho norte agrário, lidou com esses impasses fazendo da escrita um espaço criativo em que alia pesquisa documental, relatos orais, ficção e lembranças pessoais, construindo, em "A nova aurora", uma narrativa aberta a múltiplas vozes, que nos convida a questionar os muitos apagamentos de nossa memória republicana.